segunda-feira, 22 de junho de 2009

VESPERA DE...



Espreita a morte,
No sentido figurado.
Espreita a solidão
Corroída
Agigantada na sorte
De ser da alma mais
Que doída.
Olhar brilhante e forte
Chora a doida,
De compaixão ao norte
Como uma estrela caída.

Qual é o meu ponto cardeal,
Na minha noite eterna,
Onde só a luz ao fundo
Não tem mal.
Sou nessa noite
Uma lanterna
De alcance boreal.
Como uma mão fraterna.

Álvaro Guilherme

22 Junho 2009

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