sexta-feira, 19 de junho de 2009

SONETO


Só a solidão me conforta,
Só ela me quer amar,
Só ela me bate à porta
Com vontade de me abraçar.

Eu finjo que não lhe quero bem,
Faço até que nem a vejo,
Mas ela age com desdém
Perante o desimulado ser.

Quer ser minha companheira
De prazeres e aflições.
Mas tem que ser à sua maneira

E com lisonja e seduções
Senta-se à minha beira
Querendo dar-me lições.

Álvaro Guilherme
23 Fevereiro 2009

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