segunda-feira, 29 de junho de 2009


Considero a existência humana infinitamente solitária. Por mais que se busque e companhia do “outro”, por mais que essa proximidade se espelhe realista está sempre longe demais para o nascer e morrer. Longe da génese da vida, do embrião uno e do espírito que encarna único, intocável e inalcançável aos demais.
O Ser é na sua essência total, unificado e imortal. Um ciclo de infinita incomensurabilidade.
Mas no entanto há um sonho mais terno de cumplicidades e companheirismo no caminho da vida, há uma demanda de Amor em busca de si realizado no outro. Esta dualidade inerente a natureza do mundo, esta polaridade é fecunda e não descansa dentro do espaço-tempo, que na verdade é momento, mutação e ciclo. Enfim Vida,
no seu estado mais sagrado de devoção à existência.
Tudo é um culminar orgásmico, clímax da fertilidade da vontade maior de cada um de nós e este é o lugar onde o finito e o infinito se tocam, numa beleza transcendental.

Álvaro Guilherme
29 Junho 2009

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