segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O silêncio de uma rosa a preto e branco


Esperei-me noite dentro
Como uma chama apagada,
Mas de mim não vim ao encontro
Nem por um mero momento.
Minha alma desolada
Foi de manha um escombro,
Um assombro de desencontro.

Só a solidão me espreitou
Durante a minha madrugada,
Desmembrada em meu ser
Amargurado por tudo o que não sou.
Mas somente uma luz refractada
A tentar trespassar, o transparecer.

Veio o dia de rompante assustador,
Cinzento como eu a enegrecer,
Nem o sol me acolheu por um instante,
Mas somente mais um dia aterrador
A tentar a minha alma socorrer.
Mas não foi o bastante para ser o meu amante...

Álvaro Guilherme
14 Dezembro 2008

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