segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O silêncio de uma catedral de papel


Perdido em beijos á procura de ti, catedral de mim,
Vou divagando pelos corpos em demandas de amantes,
Não és tu, mas eu em desencontros, em busca do fim
Que te busca na certeza encontrada por instantes.

Já nada quero com os sonhos, mas somente com a tua alvorada
Anunciada á minha alma, nos momentos em que te sinto presente,
Em caminhadas incessantes tentando tocar, a minha estrela mais amada,
Que te escuto em vozes inexplicáveis e intocáveis afectos que sinto, de repente.

Já não corro atrás de ti nem te procuro
Quero eu pensar assim comigo mesmo em segredo,
Quando a sós vou irrompendo pela vida em nossa busca
De encontros e desencontros do que ainda não conhecemos.

E depois como será quando enfim entre olhados
Em nossos cheiros de desejos aguardados de ausentes
Os dois entregues um ao outro em promessas e para sempres,
Jurando, vivendo, morrendo e assim permanecendo...

De saudades não há quem queira viver
Muito menos do que ainda nem se tem nem pode ver,
Mas uma certeza porém parece ser eternamente,
Essa espera por alguém que ainda há-de estar presente.

Álvaro Guilherme
23 Abril 2008

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