Outra manhã em que espero por quem já não está. Por enquanto ainda parece que vai chegar para falar de amor sem promessas ou compromissos, pelo medo da entrega a quem eu sou. Sexo por sexo, exasperante e meramente cru. Infelizmente já ninguém é de ninguém para mal do meu coração carente e afito por algo maior. Quando sinto o teu corpo no meu, mas não o queria assim... depois ficarei só, exactamente no ponto onde sempre estive junto de ti. Só! Violador e violado de mim mesmo... tudo por apenas mais um beijo, um afecto, uma noite de calor humano. Enquanto me vazo no teu corpo e tu no meu, consumando o que há de mais primário em mim, sem ti. Em ti, sem mim num quarto vazio que nunca foi nosso, numa casa por inventar que nunca foi contruida, num espaço só nosso que nunca existiu. Até quando subsistirá a ruína que sou?
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