quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

AMOR PROIBIDO


AMOR PROIBIDO AMOR PROIBIDO AMOR ...

Não sei bem se isto é uma carta ou um poema,
Não sei se isto se virá a tornar num problema.
Não me importo se um dia o queimares, desiludido.
Só quero que agora o sintas em todo o seu sentido.

Eu sei que há espaços que as palavras não podem ocupar
E que há momentos em que não se sabe bem o que falar.
Nessas alturas há um olhar, uma expressão e toda uma percepção,
Pode-se até jogar na escuridão e assim esvair toda a dor da solidão.

Diz-me que todas as nossas coincidências querem dizer alguma coisa,
Que todos os nossos encontros e desencontros são como uma ave que poisa
Nessas flores que tanto amamos, ansiosa e serena ao mesmo tempo.
Diz-me que nunca deixarás que a nossa chama se esvaia ao vento.

Eu digo-te que é melhor morrer de pé do que viver de joelhos,
Que é melhor andar devagar do que correr e torcer os tornozelos.
Digo-te também, que para nós não há força maior do que esta, que se sente,
Que até se pode fingir, omitir, mas nunca mentir porque não há amor em quem mente.

Nada de promessas ou juras, nem sequer pensar em coisas futuras,
Diz-me que as tuas lágrimas foram desabafos e que nunca mais te torturas
Porque não vale a pena e o que passou, passou, nem mesmo aquilo que um dia virá
Porque só Deus sabe onde toda esta nossa energia nos levará.

A mim já não me interessa se isto é certo ou errado,
Não quero saber de juízos ou de pecado, estou cansado!
Não me importa de tudo sofrer e por isto morrer!
Tudo o que eu quero neste momento é simplesmente sonhar e viver. Viver!

Só quero por um instante ser livre de verdade,
Por um segundo renascer em toda a minha saudade
E sentir-te, profundo, sensível, Feliz e sem medos.
Ver um sorriso em teu rosto enquanto nos olhamos em segredo.

Meu Deus! Que irá ser de nós dois depois do adeus,
Quando por força maior apertarmos as mãos e adeus.
Poderemos nós esquecer este sonho que se tornou realidade
Ou iremos mais tarde dizer, meu Deus, mas que saudade!

Por agora paro. Nada mais devo dizer ou fazer
E a única coisa que espero de ti é que alivies por agora o meu sofrer
E nem que seja só por mais uma noite de calor
Que adormeças em meus braços meu querido, meu amigo, meu amor.


E se algum dia algum de nós tiver que partir, chora por mim só mais uma vez,
Mas chora um mar e desta folha faz um barco de papel, poisa-o nesse mar e deixa-o ir…

Álvaro Guilherme
17 Outubro 1996

Sem comentários:

Enviar um comentário